Para alguns, ele faz parte da primeira refeição do
dia. Após o almoço, novamente se faz presente. Se tem uma reunião à
tarde, ninguém esquece dele. No jantar, não pode faltar e compõe bem com
o pão ou o cuscuz das mesas mais nordestinas. O café, uma bebida
africana propagada pela Arábia, é um dos principais produtos produzidos
no Brasil e se confunde com sua história. Mas não é somente de rituais,
história e sabor que ele se mantém. É uma bebida natural, saudável e já
considerada como funcional, por prevenir doenças, mantendo a saúde.
O café possui alguns minerais importantes para o
organismo, dentre eles o potássio. “Esse mineral ajuda muito na
contração muscular, na regulação dos vasos sanguíneos e também faz
aquela sensação de cãibra melhorar muito. Quem tem problema de espasmos
musculares apresenta bons resultados com a ingestão de alimentos ricos
em potássio”, afirma a nutricionista do sistema Hapvida Saúde, Brhenda
Sobrinho.
A especialista pontua, ainda, a importância do café
como termogênico, isto é, como alimento que aumenta o gasto calórico do
organismo, sendo indicado para quem pratica exercícios físicos. “Esse
efeito é causado pela cafeína, sendo muito importante por proporcionar
maior disposição”, explica.
Sobre o produto descafeinado, a nutricionista explica
que ele é recomendado. “Indicamos para quem tem problema com o sono,
mas não consegue deixar de tomar café durante a noite. Como a cafeína é
estimulante, pode prejudicar a vontade de dormir. Fora isso, ele não
tem nada interessante. Pelo contrário: não tem a grande maioria dos
princípios ativos e seu consumo não vale a pena”.
Para melhor aproveitar as propriedades do café,
Brhenda Sobrinho indica o consumo da bebida em infusão. “É o melhor
método para o aproveitamento de grande parte dos princípios ativos. Há
varios tipos de preparo: no coador de papel ou de pano, ou mesmo
naquelas cafeteiras direto no fogo. O vapor é quem faz com que o café
libere suas substâncias, aroma e fitonutrientes, os tertenos”,
esclarece.
Ainda segundo a nutricionista, o melhor tipo de café é
o em grão, moído na hora, seguido pelo em pó. “Em último lugar está o
solúvel, pois não tem princípios ativos. É só uma bebida gostosa. Além
disso, há uma concentração de sódio muito maior, sendo contraindicado
para hipertensos”, afirma.
A quantidade da ingestão também é importante. “O
segredo é não exagerar. Cada pessoa deve buscar a dose diária que a
satisfaz. Lembre-se de que o café é uma bebida diurna, e seu consumo
deve ser reduzido no período da noite, para não afastar o sono. A
primeira xícara deve ser tomada na primeira hora após o despertar e as
demais, com intervalos mínimos de duas horas”, esclarece Mônica Pinto,
nutricionista e coordenadora de Projetos Associação Brasileira da
Indústria de Café (Abic).
O professor Eduardo França é um consumidor diário de
café. Daqueles que não passa o dia sem uma caneca da bebida, e segue a
premissa indicada pela Abic. Ou melhor, de quatro a cinco canecas, todos
os dias. “Uma no café da manhã, outra no meio da manhã. Depois do
almoço mais uma; depois à tarde e à noite. Sempre um café puro, sem
açúcar”, conta.
Divulgação: Eutalita Bezerra - Folha de Pernanbuco
0 comentários:
Postar um comentário